A gente já explicou uma vez. O podcast tem origem lá em 2004. O termo "broadcast" era usado para a transmissão de informações via rádio ou TV. Foi quando Adam Curry, ex VJ da MTV, criou o primeiro agregador de podcast. O nome é uma junção de iPod (onde era possível armazenar os primeiros programas) com "broadcast". 

De tempos em tempos, formatos se apropriam do nome podcast. Até pouco tempo, playlists de funk eram chamadas de podcast. Sabia? Era uma maneira de burlar a censura do Spotify. Os pout pourri de funk eram postados com o código rss na categoria de podcast, o que fez com que muita gente relacionasse a mídia com o ritmo. 

Já há alguns anos, programas populares na Twitch e no Youtube também começaram a disponibilizar o conteúdo nos agregadores de podcast. São podcasts para assistir e para ouvir. É o caso do Flow, Ilha de Barbados e outros programas de entrevistas que agregaram muito ao formato. Porém, fez-se um vício de formatos. Virou sinônimo de podcast um programa de entrevistas transmitido ao Youtube. A imagem transmitida e compartilhada em pequenos clipes, os chamados 'cortes', foi uma grande aliada na disseminação desses programas no Twitter, Facebook e outras redes sociais. Mas, claro, existem outros grandes podcasts que se resumem ao áudio.

Resumindo: podcast é bate-papo no Youtube? Sim, pode ser. Só existe esse tipo de podcast? Não, não existe só esse tipo de podcast. É justamente essa a provocação que buscamos trazer nesse post. Podcast vai além de entrevistas. Podcast vai além da transmissão em vídeo. Podcast é, além de tudo, uma companhia. Existe uma variedade enorme de formatos menos espontâneos que a entrevista ao vivo que também possuem ótimo conteúdo. A maioria nem está no Youtube, inclusive.

Portanto, quando pensar em fazer um podcast, lembre-se: não é necessário seguir os formatos tradicionais. Muito menos transmitir ao vivo. Arrisque! Pesquise formatos e referências. Quanto mais opções de conteúdo, melhor para quem é apaixonado por essa mídia.