Aproveitando o excelente momento do podcast no Brasil, a Globo incorporará o formato no Big Brother Brasil 21. Na nova temporada, que estreia em 25 de janeiro, uma das funções do líder será participar de um podcast do Gshow. A informação foi divulgada na última terça-feira (12/1) pela colunista Patrícia Kogut, do jornal O Globo.

A notícia surpreendeu muitos consumidores e produtores de podcast. Afinal, o que um podcast no Big Brother Brasil pode contribuir para a mídia? Essa, inclusive, era a mesma pergunta em agosto de 2019, quando a TV Globo iniciou uma robusta campanha de criação e divulgação dos seus podcasts, algo que teve grandes efeitos na plataforma. 

A televisão ainda é (e durante muito tempo será) a grande janela para o mundo do brasileiro. Trata-se não apenas de um meio popular, democrático e de fácil acesso. Mas também, um veículo que reflete autoridade e poder. Estar na televisão é sinônimo de sucesso e reconhecimento. É o resultado de um trabalho aceito pela maioria. Algo que vale, inclusive, para as marcas, mídias e outros meios de comunicação. 

A inclusão dos podcasts no jornalismo e entretenimento da Globo trouxe um público qualificado e curioso. Agora, com o Big Brother Brasil, que é um verdadeiro canhão de alcance, onde o público é tão amplo que fica difícil segmentar, estamos prestes a viver uma nova onda de buscas por podcasts. É verdade que tudo vai depender de como a produção vai divulgar as gravações e usá-las na linha narrativa do programa. Mas não pode negar que, por menor que seja a exposição, ainda assim poderemos sentir os impactos de um novo público.

Outra expectativa fica por conta das oportunidades comerciais que um podcast do BBB21 pode gerar. Inserções, participação de patrocinadores ou influencers, até mesmo exclusividade de plataformas podem estar entre os planos da Globo. Ações que, caso bem trabalhadas, podem despertar o interesse de agências e marcas no patrocínio de programas já consagrados. 

A perspectiva é boa para a plataforma com a exposição da versatilidade do formato e da influência que o programa pode ter entre os espectadores. Nos resta saber se o público vai comprar a ideia e descobrir sua afinidade com podcasts.